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No último domingo o Cruzeiro derrotou a equipe da Caldense no Mineirão por 2 tentos a 1 de virada e manteve a invencibilidade e a liderança do Campeonato Mineiro. O time da Toca saiu perdendo, mas empatou através de um pênalti mal marcado pelo arbitro Igor Junio Benevenuto, e virou com um gol de cabeça do atacante Ricardo Goulard - lance este muito contestado pelo time adversário mas que após o jogo ficou claro pela TV que não houve nenhuma irregularidade, ou seja foi um gol legal.
Neste jogo o Cruzeiro não apresentou um futebol de se encher os olhos, entretanto o objetivo que era a conquista dos 3 pontos foi alcançado. O que mais me chamou a atenção foi o fato de uma parte da torcida Celeste vaiar o time ainda no intervalo do primeiro para o segundo tempo, óbvio que devido a insatisfação pelo futebol apresentado e pelo placar desfavorável.
Bem, não sou advogado e não tenho nenhuma procuração para defender nenhum jogador, dirigente ou membro da comissão técnica do Cruzeiro, mas cá entre nós, há um exagero exacerbado por parte de uma minoria que insiste em querer que o time da Toca dê espetáculo e vença os seus adversários de goleada com o time ainda em formação.
É preciso ter calma, principalmente porque é público e notório que o Cruzeiro possui um grupo muito mais qualificado tecnicamente que o do ano passado, entretanto, ainda precisa de tempo para conseguir um melhor entrosamento e uma maior consistência dentro das partidas. Para que isso ocorra é necessário uma boa sequência de jogos, e a também se ter tranquilidade e inteligência para poder procurar dentro de uma competição como o Campeonato Mineiro achar o time ideal e a melhor maneira de se jogar contra os mais variados estilos de adversários.
Claro que há momentos em que existe uma irritabilidade vinda das arquibancadas que é justificável, mas também em sua grande maioria inconsistente, afinal conheço inúmeros torcedores que vaiam ou pedem a saída deste ou daquele jogador simplesmente porque algum comentarista, repórter, locutor ou “profeta do acontecido da mídia” usa o poder de seu microfone para falar ou melhor, repassar a sua insatisfação pessoal diante de determinado atleta ou até mesmo da agremiação, contagiando assim aquele torcedor que agindo como um zumbi, não tem a capacidade de discernimento e tão pouco a perspicácia de analisar friamente o que está acontecendo de fato com os seus próprios olhos.
Vaiar, achincalhar, externar a sua insatisfação é um direito de todo e qualquer torcedor, longe de mim ousar se quer pensar em cercear o direito de expressão de cada um, mas se o fizer, o faça por si só e não porque existe alguém ou algum veículo de comunicação querendo lhe usar como um fantoche. Para quem sabe ler um pingo é letra, QUE O TIME JOGUE, MAS QUE ACIMA DE TUDO, QUE A TORCIDA APOIE E JOGUE JUNTO COM O TIME!