O Cruzeiro está com uma síndrome que vem incomodando a China Azul desde o começo do ano. Ela é conhecida como a síndrome do "Se", que de certa forma torna cada vez mais estapafúrdias e intragáveis as tentativas de desculpa dadas pelos jogadores e pelo técnico Adilson Batista após os resultados negativos. O primeiro sintoma desta síndrome ocorreu após a perda da Libertadores, era um tal de "se" o Kléber tivesse feito o gol no primeiro jogo, "se" o Ramires não fosse negociado antes da final, se o Sorin fosse para o jogo ele pararia o Veron. Passados quatro meses deste primeiro sintoma, a síndrome voltou com muita força nestes últimos jogos do Esquadrão Azul do Barro Preto, para ser mais preciso, na 33ª e na 35ª rodadas do campeonato brasileiro. Após virar o primeiro tempo contra o Fluminense ganhando de 2 a 0 e ainda se dando ao luxo de perder um pênalti, o Cruzeiro sofreu uma vergonhosa virada no segundo tempo. Como se esse fatídico resultado não bastasse, no último sábado, diante de mais de 50 mil incrédulos torcedores azuis, o time fez ainda pior. Cedeu ao Gêmio o empate nos acréscimos, perdeu a grande oportunidade de entrar no G4 e, de quebra, ultrapassar o nosso maior rival, o que seria simplesmente perfeito nesta altura do campeonato. Aquele velho clichê usado entre os boleiros que diz que o jogo só acaba após o apito do juiz parece ser desconhecido dos jogadores do Cruzeiro, que parecem estar mais preocupados com o seu marketing pessoal (o lateral Jonathan é um ótimo exemplo) do que com as expectativas e ambições do clube na competição. Como todo cruzeirense que se preze, é claro que acredito ainda na vaga da Libertadores, afinal de contas, quem melhor que o Cruzeiro representaria Minas Gerais nesta competição? Porém, para que isso aconteça, é preciso que o Adilson consiga uma cura que livre todos do elenco celeste da temida síndrome do "Se", pois não há mais tempo e ninguém mais aguenta aquelas desculpas esfarrapadas de sempre... "Se" tivéssemos feito aquele gol, "Se" o árbitro não desse mais 5 minutos de acréscimo, "Se" aquela bola na trave entrasse...
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